30 outubro 2008

ERA UMA VEZ…[Uma releitura léz de um conto de La Fontaine by Madeu St’Ore]

Li uma reformulação da Fábula a Formiga e a Cigarra, de La Fontaine, e achei sensacional! Fiquei imaginando…O que aconteceria se a Fábula de La Fontaine ocorresse no Brasil? Considerei os prós, os contras e acho que seria mais ou menos assim…

Leva a sério não. Só mais um dos devaneios do Mad…
A Fábula da Formiga e a Cigarra(Na Versão Tupiniquim-re-reformulada por mim)
Vamos começar esta Fábula com…
Era uma vez… (Fábulas têm que começar com era uma vez, oras!)

Era uma vez…
Uma Formiga e uma Cigarra muito amigas. Durante toda primavera, verão e outono a Formiguinha trabalhou sem parar, armazenando comida para o período de inverno. Não aproveitou nada o sol, a praia, madrugadas quentes com sarais e bate papo nos botecos da cidade. Vivia exclusivamente para o trabalho.
Enquanto isso a Cigarra, que se chamava Cigarreller, cantava, arrastava a asa e assediava com letras de conteúdo erótico e provocativo a Formiguinha, que apesar de ter aquela meia dúzia de pernas finas anoréxias de top model, tinha também um traseiro que fazia jus ao seu nome de Tâniajulia. De noite, cantava também nos bares da cidade; não desperdiçou um minuto sequer, cantou durante todo o outono, dançou, aproveitou o sol, curtiu para valer sem se preocupar com o inverno que estava por vir.
Só seria mais feliz se conquistasse o seu sonho de consumo, a Formiguinha, mas essa, apesar de também sentir certa atração pela Cigarra, só pensava em trabalhar.
Então, passados alguns dias, começou a esfriar. Era o inverno que estava começando. Tâniajulia, exausta de tanto trabalhar, entrou para a sua singela toca repleta de comida. Logo, o silêncio precipitou a saudade de Cigarreller e de seu canto, e em pouco tempo já sentia a solidão apertar-lhe o coração. Foi quando ouviu alguém chamar por seu nome do lado de fora da toca.
Quando abriu a porta para ver quem era, ficou surpresa com o que viu: sua amiga Cigarra estava dentro de uma BMW com um aconchegante casaco de peles.
E Cigarreller, com os olhos semi-serrados de malícia,
disse para a Formiguinha:
-Olá querida, comprei um flat com lareira nas montanhas. Vamos passar o inverno comigo lá?

Mas é claro! - disse Tâniajulia radiante - Deixe-me pegar toda essa comida que juntei o ano todo!

Bobagem, querida. Lá tem serviço de quarto, frigo-bar, alem de hidro-massagem e sauna. Suba, vamos embora!

Mais que depressa a formiguinha pegou seu cachecol e pulou para dentro da BMW e disse:
- Mas… Conta pra mim… Como conseguiu esse carrão, esse casaco, esse flat?

E a cigarra respondeu:
- Imagine você que eu estava cantando em um barzinho na semana passada e um produtor gostou da minha voz. Fechei um contrato com ele, gravei um CD e está fazendo o maior sucesso em todas as rádios. Isso tudo é só da vendagem das primeiras 100.000 cópias.

- Uau! Que maravilha! - disse a Tâniajulia trançando as seis pernas na cigarra.

E, mais tarde… Nas montanhas, no flat da Cigarra, ao lado da ladeira sobre um tapete de pele, empunhando duas taças de vinho, em pleno inverno as duas faziam amor ao som de verão.
Zizizizizizizizizizizizzzzzzzzzzzzzzzzzz!

MORAL DA HISTÓRIA: O que La Fontaine não considerou em sua fábula original é que se a estória ocorresse no Brasil, a Cigarra sendo cantora e brasileira… Seria lésbica e logicamente cantaria muito bem! E teria o sucesso mais que garantido!

© By Madeu St’Ore - do Frenesi e Lucidez

retirado so site UNV
@todos os direitos autorais reservados



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7 comentários:

Fernanda Magalhães disse...

Que espaço charmoso!

Pode linkar sim linda.

Farei o mesmo.

Bjos de luz1

Fernanda Magalhães disse...

Farei o mesmo :)

Nemogeleia disse...

Bjs para ti, manhanzinha.

Anônimo disse...

Adorei a reformulação.
Beijos.

flor disse...

Adorei

Marcia Paula disse...

Adorei,linda.Beijos.

Anônimo disse...

reformulação melhor que a original ;)
Adorei.