27 setembro 2008

ELEGIA..??

Gênero poético que se caracteriza sobretudo pela
temática baseada na tristeza dos amores interrompidos.
Surgido na Grécia no século VII a.C.

Inicialmente definida pelo metro específico, chamado metro elegíaco, a elegia passou a designar um gênero poético que se caracterizou não pela forma, mas pelo assunto: a tristeza dos amores interrompidos pela infidelidade ou pela morte.

A elegia surgiu na Grécia antiga, com Calino de Éfeso (século VII a.C.), Tirteu e Mimnermo. Seus poemas eram cantos guerreiros que incitavam à luta. Calímaco, importante poeta alexandrino do século III a.C., foi um dos primeiros a escrever elegias no sentido moderno do termo, ou seja, como poemas líricos e tristes. Sua elegia Os cabelos de Berenice, da qual só restaram fragmentos, constituiu o primeiro modelo do gênero.

Entre os romanos, o primeiro grande poeta elegíaco foi Tibulo. Seus três livros sentimentais, muito lidos durante a Idade Média, influenciaram fortemente os poetas da Renascença. Foram preferidos às elegias de Propércio, que inauguraram um subgênero, com poemas ardentemente eróticos. O mais importante dos elegíacos romanos foi Ovídio: os Poemas Tristes e as Cartas do Ponto, que lamentavam o exílio, se aproximam bastante das elegias modernas.

No século XVI, a elegia transformou-se num dos gêneros poéticos mais cultivados, embora ainda pouco definido. Em Portugal, o primeiro escritor de elegias foi Sá de Miranda, mas Camões foi o principal: da edição de 1595 de suas obras completas, constam quatro elegias, tidas pelas melhores em língua portuguesa. Na França da Renascença, destacou-se no gênero Pierre de Ronsard.

Na poesia inglesa, a elegia apareceu com Astrophel, lamento fúnebre de Edmund Spenser. Durante quase três séculos produziram-se, dentro desse modelo, alguns dos maiores poemas da literatura inglesa, como Lycidas, de Milton (1638), Adonais, de Shelley (1821), sobre a morte de Keats, e muitas outras. Contudo, a mais famosa elegia da língua inglesa foi Elegy Written in a Country Churchyard (1751; Elegia escrita num cemitério de aldeia), de Thomas Gray, meditação sobre a morte de gente humilde e anônima e uma das obras capitais do pré-romantismo europeu.

Em outras literaturas, a elegia assumiu características pagãs, como as belas e eróticas Römische Elegien (1797; Elegias Romanas), de Goethe, obra-prima da literatura alemã. No século XX, a obra mais importante no gênero foi sem dúvida Duineser Elegien (1923; Elegias de Duíno), do poeta alemão Rainer Maria Rilke. No Brasil, o mais importante autor de elegias foi Fagundes Varela, no século XIX. Destacaram-se ainda Cristiano Martins, Vinícius de Moraes e Dantas Mota, no século XX.

Encyclopédia Britannica do Brasil Publicações Ltda.

retirado do site Spectrum


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Um comentário:

Juliany Alencar disse...

Olá, obrigada pelo elogio. Volte sempre ao blog, viu.

Uma ótima semana!

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Mulherzinha Sim!

Relata as aventuras de mulheres bonitas, independentes, profissionais de sucesso em suas carreiras e à procura de um grande amor. Ou pelo menos, um Homem para chamar de Seu!

Filosofias de botequim sobre namoros, ficantes, amizade colorida, comportamento e tudo o mais relacionado a esta atmosfera terão vez aqui.A idéia é abstrair um pouco das mazelas de ser solteira, dos homens que encontramos por aí e dar risada ou palpites de coisas que só nós, mulheres, vivenciamos e entendemos...